Nesta sexta-feira, o maior rally do mundo adentra uma região de verde exuberante no meio da Floresta Amazônica rumo a Paragominas
Depois de passar por 12 cidades, atravessar sete estados e quatro regiões do Brasil, nesta sexta-feira, 9 de setembro, o Sertões BRB cruza sua última fronteira, deixando o Nordeste – larga de Imperatriz (MA) – e retorna ao Norte para a etapa Verde Louro. A 13ª e penúltima especial do rally rasga uma região praticamente sem estradas no meio da Floresta Amazônica rumo a Paragominas (PA).
O nome da cidade é uma união semântica com a abreviação de três estados brasileiros: Pará, Goiás e Minas Gerais. Com 115 mil habitantes, Paragominas fica a 320 quilômetros da capital Belém e é conhecida como Município Verde por sua referência em boas práticas ambientais, que visam a sustentabilidade. O agronegócio é um dos grandes pilares da economia da cidade, assim como a mineração de bauxita.
Grand finale
E no sábado, a caravana parte para seu último desafio , com a 14ª e última etapa de sua jornada cruzando o Brasil, que começou em Foz do Iguaçu (PR) dia 26/8, e termina em Salinópolis (PA), finalmente receberá a chancela de maior rally do mundo em trechos cronometrados.
Batizada de Ao Som do Mar, a especial que encerra o maior Sertões da história terá 126 quilômetros de trechos cronometrados até a linha de chegada em um pequeno vilarejo. Após 226 quilômetros de deslocamento final, os competidores finalmente chegarão a Salinópolis, no litoral paraense, para encerrar a edição comemorativa de 30 anos do Sertões na Praia do Atalaia.
Portal de entrada da Amazônia Atlântica, Salinópolis fica a 220 km de Belém e é considerado um dos principais destinos turísticos da região. Com clima predominantemente quente, a menor temperatura não ultrapassa 26°C nos períodos mais “frios”.
De colonização indígena, da etnia Tupinambás, a cidade tem peculiaridades únicas da região norte do Brasil. Sua cultura riquíssima, entre danças como o carimbó e lundu, ainda desfruta de uma gastronomia conhecida internacionalmente por suas iguarias, como o açaí, bacuri, cupuaçu, tucupi, jambu e castanha-do-Pará. Sem contar as ostras da Amazônia.
Patrimônio Turístico da cidade, o Farol de Salinópolis é um dos símbolos mais charmosos e foi projetado por Gustave Eiffel, o engenheiro francês que construiu a Torre Eiffel.
No esporte, devido as praias, Salinópolis possui um cenário perfeito para a prática de kitesurf, além de muitas trilhas, o que torna a cidades um ambiente perfeito para o grand finale do maior rally do mundo contra o relógio.
Que a edição dos 30 anos do Sertões BRB seria mais do que nunca uma prova de resistência já se sabia desde a divulgação do roteiro
Com 7.202 quilômetros (4.318 deles cronometrados). Pois o maior rally do mundo mostrou, na chegada ao Maranhão, que também exige superação de quem busca a vitória geral no sábado (10), em Salinópolis (PA).
Com vários trechos de trial (piso bastante danificado e irregular), a etapa foi pesada para os UTVs. Alguns nomes de destaque que andaram entre os primeiros ao longo da prova ficaram pelo caminho.
A quinta-feira (8) foi de muito trabalho e desgaste para pilotos e navegadores. A 12ª etapa, batizada de ‘Céu Profundo’ levou a caravana do Sertões BRB de Balsas a Imperatriz. Com um início travado, seguido por regiões agrícolas, platôs e chapadões, alternando trechos de serra com vales. Ao longo do percurso, muito sobe e desce para carros, motos e UTVs.
O maior rally do mundo promove gestão responsável de resíduos e óleos, plantação de biocápsulas e entrega de filtros de água para comunidade quilombola através de ações de parceiros da competição.
O Sertões BRB vem dando exemplos de parcerias sustentáveis com foco em gestão responsável de resíduos, preservação das árvores e saneamento básico. As ações só foram possíveis através de parceiras que o maior rally do mundo promove junto às empresas Conasa, Lwart e Ambify. As ações aconteceram em várias cidades do percurso, que será concluído em Salinópolis (PA), após 7.202km de percurso.
Na cidade de Mateiros, destino da oitava etapa da competição, a Conasa também realizou a entrega de 60 filtros purificadores de água às famílias e à escola da Comunidade Quilombola Boa Esperança. A localidade não possui saneamento e a água consumida e utilizada pelos moradores provém de córregos e de um poço artesiano. Agora com os filtros a comunidade terá um ativo importante para a saúde da população.
Outra iniciativa de destaque é o trabalho da Lwart Soluções Ambientais. A empresa realiza a coleta de óleo lubrificante usado e faz o rerrefino do material que é transformado em óleo básico. O material volta às produtoras de lubrificantes e ao mercado novamente sem causar danos à natureza. Esse trabalho foi realizado em todas as etapas do Sertões BRB, que largou de Foz do Iguaçu (PR) e termina em Salinópolis (PA), mas em Palmas, especialmente, a empresa também pôde realizar a coleta de resíduos sólidos contaminados.
O Sertões BRB também é um evento carbono zero e para isso conta com a parceria da Ambify, empresa do grupo Ambipar, voltada para iniciativas de compensação. Além de compensar todo o carbono emitido para a realização da competição através de ações de preservação e reflorestamentos, a Ambify também realizou uma ação especial na passagem do maior rally do mundo em Palmas.
Outro trabalhado que a Ambify realiza é o de transformação de resíduos em árvores através de biocápsulas. A tecnologia envolve cápsulas de colágeno (resíduo da indústria farmacêutica), sementes nativas e um composto orgânico feito de resíduos da indústria de papel e celulose. A dispersão das biocápsulas é feita através de drones, possibilitando o reflorestamento de áreas remotas. Na Vila Sertões em Palmas foram realizadas oficinas de conscientização e plantação de mudas, onde os participantes saíam com sua biocápsula já plantada em um recipiente próprio.
10a etapa do Sertões BRB: velocidade em visual privilegiado
Eles passaram rápido, mas conseguiram apreciar as belezas da décima etapa do Sertões BRB. Pilotos e navegadores tiveram como cenário para acelerar nesta terça-feira (6) os cânions do Viana, formação próxima a Bom Jesus, no Piauí, caracterizada pelos paredões rochosos multicoloridos em meio a uma região árida. Não faltou quem dissesse que o desejo, depois de completar o percurso, era fazer meia-volta e conhecer esse tesouro geológico e turístico com calma.
A especial em laço de 329 quilômetros – largada e chegada na cidade piauiense – desafiou a caravana com variações de tipo de terreno. Pelo caminho, muito fesh-fesh (areia fina como talco); pedras, erosões, depressões e trechos sinuosos. Um dia que não foi longo, mas exigiu bastante dos competidores, especialmente com o desgaste acumulado em 11 dias de velocidade cortando o Brasil (o prólogo abriu a disputa em Foz do Iguaçu).
Etapa que fechou a segunda Maratona da edição dos 30 anos foi técnica, exigente e marcada pelas altas temperaturas
Nona das 14 etapas do Sertões BRB superada e nome escolhido para ela entre os trechos do Hino Nacional não poderia ter sido mais adequado. Povo Heroico poderia perfeitamente se referir aos pilotos e navegadores que deixaram para trás 409 quilômetros cronometrados (um total de de 510 com o deslocamento) que levaram carros, motos e UTVs de Mateiros, coração do Jalapão, a Bom Jesus do Piauí. Um dia cansativo, longo e técnico, que começou com muita areia e seguiu por trechos de piçarra, com pedras e erosões. Combinação que provocou diversos abandonos nas três modalidades.
O Sertões é também sobre revelar tesouros e promover o turismo no Brasil. Velho conhecido dos competidores, o Jalapão é um dos maiores tesouros do Sertões e do Brasil. Assim, nada mais apropriado do que batizar a 8a etapa, que larga domingo de Palmas rumo a Mateiros de: ‘Impávido Colosso’.
Um dos cenários mais icônicos do Sertões BRB, o Jalapão não poderia ficar de fora do rally, que batizou a oitava etapa da edição de seu 30º aniversário com o nome mais do que apropriado de Impávido Colosso. A caravana saiu de Palmas (TO) neste domingo (04), rumo ao Jalapão, tendo como destino final Mateiros (TO) na primeira parte da segunda maratona, a etapa que não permite apoio mecânico.
A especial, com longos 423 km de trechos cronometrados, contou com a travessia do Rio Prata para depois entrar nas traiçoeiras areias do Deserto do Jalapão, considerado o bicho papão do Sertões. Apesar do nome, o deserto faz parte de uma área classificada geologicamente como um Oásis.
Mesmo sendo velho conhecido do Sertões, o melhor das trilhas do gigantesco colosso do Norte, onde nunca ninguém andou nas sete vezes em que o rally esteve por lá, será revelado no maior rally do mundo.
Depois de completarem a etapa, os competidores chegaram à cidade de Mateiros, a menor em população dessa edição do Sertões, com cerca de 2 mil habitantes. No parque fechado os pilotos não tiveram qualquer apoio de suas equipes na manutenção dos veículos, para no dia seguinte partirem rumo a Bom Jesus do Piauí para a última parte de uma série de duas maratonas consecutivas.
Jalapão
Unidade de conservação brasileira de proteção à natureza, o Parque Estadual do Jalapão está na região leste do estado do Tocantins, foi criado em 12 de janeiro de 2001 e é o maior parque estadual do Tocantins, com uma área de 1.589 km², equivalente ao estado de Sergipe.
A região é considerada a principal atração turística do estado do Tocantins e é famosa pela produção de artesanato de capim dourado e seda de buriti, principal fonte de renda para as comunidades locais.
Comunicação Sertões BRB 30 anos:
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